Pici Hoje Notícia - cachorros (narrativas transmídia)
Estudantes levantam hipóteses sobre corpos
encontrados no Campus do Pici
Animais locais foram apontados como suspeitos; Polícia segue sem divulgar mais
informações
Na noite desta quinta-feira (29), foram encontrados cinco corpos em uma área de matagal do
Campus do Pici , em Fortaleza. De acordo com a Polícia Civil, os cadáveres foram encontrados por
estudantes do curso de Biologia que transitavam pela área por volta das 18 horas.
A Polícia Civil afirma que as investigações já começaram, mas não é possível divulgar hipóteses
sobre o ocorrido no momento. De acordo com a Perícia Forense do Estado do Ceará, os corpos
aparentam ser de crianças, e, até agora, não há maiores informações sobre o estado dos cadáveres.
A falta de informações sobre o episódio reforça clima de insegurança dentro do campus, que já
presenciou diversos casos de assalto e, na última sexta-feira (23), um arrastão nas proximidades do
Instituto de Cultura e Arte (ICA) . Em 2014, foi encontrada uma cabeça humana dentro do campus .
“Não dá mais pra andar sozinho aqui”, afirma o estudante Carlos Mateus, 20, do curso de
Computação. “Tenho vários amigos que foram assaltados dentro do campus, mas é a primeira vez
que escuto sobre gente morta aparecendo no mato. Cadê o policiamento?”
Outros estudantes descartam a possibilidade dos corpos estarem ligados a episódios de violência
dentro do campus. “Só desovaram os corpos aqui. Se fossem estudantes, eu até ficava com um pé
atrás, mas disseram que são crianças”, diz Pedro Monteiro, 21, estudante de Biologia. Juliana
Castro, 22, colega de turma de Pedro, também opinou sobre o caso: “Não sei o que aconteceu, mas
estou com muito medo. Já pensei até em trancar o curso”.
A estudante M. S., que prefere não ser identificada, afirma que os
corpos são de vítimas de animais do campus. “Ninguém acredita
em mim quando digo, mas os bichos daqui são muito perigosos. Eu
mesma já fui perseguida pelos cachorros daqui. Só não me
atacaram porque corro rápido”. Quando questionada sobre o
ocorrido, a estudante relatou: “Não sei muito bem o que aconteceu.
Estava andando com uma amiga, e esse cachorro pulou do mato e
avançou em cima de mim. Na hora eu só corri. Se tivesse ficado
parada, nem sei o que tinha acontecido comigo. Tenho certeza que
são eles que estão matando as pessoas por aí”. A estudante
informou que pretende começar um movimento para remover cães
e gatos do campus em 2018.
A Polícia Civil afirma que, no estágio atual das investigações,
nenhuma hipótese pode ser descartada, mas pede que os
frequentadores do campus mantenham a calma e não alterem sua
rotina por conta do episódio. Não há informações se os corpos
encontrados possuam indícios de ataque animal.
Cão dentro de ônibus interno do Campus
do Pici, em Fortaleza