Horta Nova Esperança - Projeto projeto HNE

Descrição do Projecto A planície alentejana reveste-se, agora, de um novo sinal de esperança. Pela mão da Cáritas Diocesana de Beja, um conjunto alargado de utentes desta Instituição vão participar no cultivo de produtos hortícolas, frutícolas e ervas aromáticas, que serão, posteriormente, utilizados na confeção de refeições que a instituição serve no seu refeitório e cantina social. Trata-se do projeto “Horta-Nova Esperança”. A horta, de que se fala, faz parte duma área com cerca de cinco hectares, localizada no Monte da Horta Nova. Aqui opera a Comunidade Terapêutica, com o mesmo nome, resposta social da instituição para tratamento e recuperação de toxicodependentes e al- coólicos. O projecto em apreço, nasce no âmbito da campanha da Caritas Internationalis “uma só família humana, alimento para todos, o qual, e em simultâneo, permitirá uma formação certificada na área da agricultura, aos utentes da co- munidade terapêutica e a outros beneficiários da Cáritas Diocesana de Beja, tais como desempregados e pes- soas em situação de exclusão e vulnerabilidade social. Esta formação e as competências que dela resultam, poderão ajudar os beneficiários a encontrar oportunidades de emprego na área da agricultura, bem como a re- inserção na vida activa. Salienta-se que esta capacitação está a ser muito valorizada devido aos investimentos no regadio, potenciados pelo Alqueva, dado que se assiste ao desenvolvimento de vários projetos, nesta zona, e à fixação de muitas empresas agrícolas na região, e que inevitavelmente precisarão de mão-de-obra adequada. Para a concretização deste projecto, a Cáritas Diocesana de Beja conta com dois parceiros fundamentais e que se assumem, em regime de voluntariado, como padrinhos do mesmo: os técnicos da Empresa de Desenvolvimen- to e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) e os docentes do Instituto Politécnico de Beja (IPB). O projecto “Horta – Nova Esperança”, numa primeira fase, irá abranger os toxicodependentes e alcoólicos, em re- cuperação na comunidade terapêutica e, numa segunda fase, irá envolver o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que permitirá abranger outros utentes, que se dirijam ao atendimento social e que beneficiam de ajuda da Cáritas Diocesana de Beja, ou seja, desempregados e pessoas em situação de exclusão e vulnerabili- dade social, que não possuem escolaridade mínima obrigatória. Numa terceira fase, que será de empreendedorismo social, a Cáritas de Beja pretende criar “um ou mais postos de trabalho efectivos” na comunidade terapêutica, para dar continuidade ao projecto de uma forma mais sus- tentável. Com este plano, pretende-se, ainda, demonstrar a viabilidade da pequena propriedade, e a importância que a mesma assume, onde o Projeto “horta - Nova Esperança, pretende ser um farol e exemplo de boas práticas, aberto à Comunidade. "Queremos capacitar estes utentes numa vertente teórico-prática aprove- itando a sua mão-de-obra e a sua dis- ponibilidade. Isto sem colidir com o seu tratamento específico relativa- mente à sua situação", refere à Re- nascença o presidente da Cáritas Di- ocesana de Beja, Florival Silva. O terreno tem cinco hectares e todas as condições para se transformar numa grande horta social em que o objectivo "é a produção de hortícolas e ervas aromáticas". Mas não só: Florival Silva diz que está o projecto garante o fornecimento de bens para o refeitório e cantina social da Cáritas. "Para ter uma pequena ideia, em 2014, só estas duas valências for- neceram perto de 59 mil refeições. Ora, tudo o que pudermos cultivar naquela horta e trazer para a cantina e refeitório social é um bem maior e evi- tamos comprar fora", diz. O projecto "Horta - Nova Esperança” é apadrinhado pela Empresa de Desen- volvimento e Infraestruturas do Alque- va (EDIA) e pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Beja (IPB). "Nesta primeira fase, a formação vol- untária é feita por técnicos da EDIA e professores do IPB", esclarece o pres- idente da instituição.