O MINI LEBRON QUE CHEGOU A “ UM CLUBE ENORME ”

O mais valioso ativo transferido entre emblemas portugueses nasceu em Aveiro e começou por lançou aos cestos com as cores do Galitos . Aos nove anos percorreu os clubes de futebol da região e fez um curto desvio até à margem Sul do Tejo antes de se estabelecer de armas e bagagens em Braga . Filho de basquetebolistas e admirador de LeBron James , o menino decorava as paredes do quarto com pósteres do ídolo numa altura em que já demonstrava talento para a modalidade de “ King James ”. Miúdo cheio de energia e desportista nato , o jovem franzino começou a dar cada vez mais toques com o pé esquerdo na bola alaranjada , adquirindo assim , de forma natural , uma nova paixão : o futebol . Apesar de não lhe estar nos genes , o desporto rei foi ganhando terreno no coração de David até que os pais lhe fizeram a vontade e o inscreveram nos escalões de formação do Beira-Mar . De lá para a Escola do Benfica em Estarreja e daí para o Seixal foi um “ tirinho ”. Os relatos de quem lhe é próximo dizem que o canhoto recebeu ordem de dispensa dos “ encarnados ” por falta de confiança da estrutura nas suas capacidades físicas . O Anadia agradeceu a decisão dos benfiquistas , acolhendo-o por um ano antes da entrada em cena da Sanjoanense . Qual trampolim , sagra-se campeão distrital sem derrotas e capta a atenção do Braga , que lhe permite dar o maior salto na carreia até então . O primeiro ano no Minho não foi fácil , mas a partir daí tudo mudou . Sobe dos juvenis aos juniores e dá tão boas indicações que acaba convocado para o Euro de Sub-19 . Não sai do banco no primeiro jogo da seleção , frente à Noruega , e a precoce expulsão de Diogo Queirós no segundo encontro da fase de grupos pode ter-lhe mudado a vida . Desde esse momento e até ao derradeiro apito da final formou sempre dupla com Romain Correia - que agora reencontra no Olival - sem falhar mais nenhum minuto do torneio que Portugal viria a conquistar . Acabado de se sagrar campeão europeu de juniores , o elegante defesa central passa a integrar o plantel secundário bracarense . Sempre a queimar etapas , muda-se dos “ bês ” para os “ ás ” pela mão de Rúben Amorim e debuta como sénior em pleno Estádio do Dragão . Sai do banco ao intervalo , comete um penálti sobre Otávio que Soares desperdiça e regressa à Pedreira com três pontos . Inabalável , impõe-se no onze , estreia-se na Europa , inicia a época seguinte como patrão da defesa minhota e na primeira metade de 2020 / 21 tudo corria de feição ao esquerdino . Até chegar 10 de fevereiro , dia de novo duelo com o FC Porto . Num lance fortuito em que Luis Díaz acaba expulso por rematar à baliza , o camisola 16 do SC Braga fratura a tíbia e o perónio e a intervenção cirúrgica ao tornozelo direito força-o a uma ausência prolongada dos relvados . Firme como sempre , trabalha mais do que nunca para superar esses “ momentos difíceis , de muita reflexão , aprendizagem e crescimento ” atenuados pela vitória na Taça de Portugal ante o Benfica em Coimbra . A recuperação é longa , mas plena , e o regresso à competição coincide com um regresso às origens . Praticamente um ano depois da lesão , participa em quatro encontros no espaço de duas semanas ao serviço dos Sub-